Amigos,
Nesta postagem quero ressaltar alguns pontos de vista que foram comentados no último SAC VI e que esclareceram as minhas idéias . No passado eu era um mero jogador de futebol, que caiu na estrada em busca de um sonho, sacrificando família, cidade natal e amigos para tentar mudar de vida. Na época, jamais fui instruído pelos professores de Educação Física na escola a respeito do "alto rendimento", se faria bem a minha saúde ou se seria somente mais uma atividade que eu poderia estar praticando, nada disso foi discutido nas aulas ou numa conversa a parte, simplesmente fui atrás do meu sonho a medida que as portas foram se abrindo, pois para todos naquela época, ser atleta era referência de saúde e era isso que eu desejava. Fui atrás das peneiras até ser aprovado no América Mineiro onde comecei a construir minha carreira.
No América passei por todas as categorias de base, depois deixei Minas Gerais e fui para o mundo, conheci quase todo o nosso Brasil (13 Estados) e mais 3 países, sempre observando e pesquisando tudo que de novo surgia por parte dos preparadores físicos com quem tive a oportunidade trabalhar, passei por excelentes profissionais e por técnicos que me mostraram ótimos métodos de trabalho, no qual me espelho até os dias de hoje.
Em 2008 iniciamos o curso de Educação Física EAD, desde então ate o presente momento estamos adquirindo conhecimentos que transformam a minha atuação como técnico, aprendemos a respeitar os limites dos alunos em suas diferentes fases de desenvolvimento, além de conhecimentos bioquímicos e fisiológicos que tratam diretamente com minha área de atuação, além de outros conhecimentos que nos ajudaram a organizar melhor nossos planejamentos e estratégias.
Mas o ponto onde desejo chegar se refere a uma declaração do mestre Valter Bracht quando questionado à respeito da conscientização dos alunos quanto ao alto rendimento:
"Não vejo nenhum problema quanto aos alunos optarem pelo alto rendimento, desde que eles sejam conscientizados de que o alto rendimento não trará saúde a seus corpos e que eles saibam que existe um preço a ser pago, se eles tem essa consciência, tudo bem."
Diante deste comentário admito que fui convencido sobre minhas concepções, pois acreditava que esporte era saúde, mas reflito sobre o comentário e sobre o meu histórico de lesões e como fui tratado quando estava lesionado, principalmente quanto atuei no México, onde só houve valor quando sem lesões, e que quando lesionado entrei no descaso dos dirigentes, forçando minha saída do clube. Desta forma, no futuro próximo (a partir deste ano) fico convencido e assumo o compromisso de conscientizar meus alunos quanto à pratica do futebol sem compromisso ou no caso, a de formar uma carreira optando pelo alto rendimento, conscientes dos riscos e da filosofia que cercam a construção de uma carreira em qualquer modalidade esportiva.
Na próxima postagem apresentarei um vídeo de despedida passando a bola para o Roníldo Stieg, próximo aluno a conhecer esta ferramenta.
Abraço a todos
Bravo!
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