lundi 12 mars 2012

falando mais um pouco sobre o balaio cultural.



Antes de evoluirmos em uma discussão, que muitas vezes trás a tona, controvérsias, as questões pontuados anteriormente e discutidas no decorrer do curso, nos motivam a pensar, em uma nova educação, preferencialmente para os alunos com pouco ou nenhum acesso aos meios culturais, como cinema, teatro, exposições de arte e dança.
Entendemos que a criança vai apurando um gosto pelas coisas, à medida que vai ocorrendo um contato com estas produções. Portanto se as crianças nunca chegarem a conhecer o grande acervo cultural, que existe, ainda que distantes dos grandes centros, dificilmente irão se interessar por elas.

Considero importante ressaltar aqui no blog, um fato ocorrido em uma pequena escola do interior, do município de Santa Maria de Jetibá, tratava-se de uma turma da quarta série (quinto ano do ensino fundamental), filhos de camponeses e que raramente haviam ido ao centro da cidade. Eis que em determinado momento da aula, a professora, notando a falta de interesse dos seus alunos em relação ao conteúdo, ela resolveu lançar a seguinte pergunta:
- O que vocês desejam ser quando crescerem?
E a constatação foi que a maioria imaginava o mesmo futuro que o dos próprios pais, crescer e morrer no campo. Os que sonhavam com algo melhor, diziam cheios de animo, “vou ser motorista de caminhão”.

Ou seja, o balaio cultural dessas crianças é muito restrito, vivem e sonham com aquilo que podem ver a sua volta. E se ninguém lhes apresentar novas possibilidades e faze-las entender que existe um mundo imenso fora dali, certamente nunca se encontrarão de verdade.

Se nós que, embora bem informados, a todo momento estamos buscando mais conhecimento e tentamos adquirir gosto, pelas artes, assim como pelo esporte, então o que dirão aqueles que nem sequer tem essa chance.

O mito da caverna, talvez seja, o texto mais importante em determinado momento do curso, porque serviu de base, para que repensássemos a nossa forma de ver e viver no mundo.

Portanto uma coisa eu posso dizer, quanto mais eu assisto teatro, mais eu me apaixono por ele, quanto mais eu vou à exposições e museus, ou espetáculos de dança ou ao cinema, mais atento aos detalhes eu fico, enfim, a medida em que eu vivo a cultura corporal eu me socializo, consequentemente, adquiro  mais conhecimento e respeito pelo outro.  

2 commentaires:

  1. Realmente Ronildo temos que oportunizar aos nossos futuros alunos o contato com os diferentes meios culturais existentes, pois como você nos relatou as crianças do interior se não tiverem o contato com estas culturas, dificilmente elas terão uma perspectiva de vida diferente dos seus pais.
    Isto não quer dizer também que a pessoa não possa vir a ser agricultor ou caminhoneiro, porém ao ampliar o seu conhecimento, ela terá uma visão mais ampla sobre o que está ao seu redor.

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  2. Isso, nada contra os caminhoneiros! Nem quanto aos agricultores, o importante sera estar em contato com o mundo e a net hoje facilita esta possibilidade!

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